Autismo e Fisioterapia: Benefícios para o Desenvolvimento Motor e a Qualidade de Vida

Autismo e Fisioterapia: Benefícios para o Desenvolvimento Motor e a Qualidade de Vida

Quando pensamos em autismo, é comum lembrar primeiro das dificuldades na comunicação ou na interação social. Mas o que muitas pessoas não sabem é que crianças autistas também podem apresentar desafios motores como atraso para andar, dificuldade de equilíbrio, rigidez nos movimentos ou pouco interesse por atividades físicas.

É aí que entra a fisioterapia: uma aliada fundamental para promover mais autonomia, equilíbrio e qualidade de vida. Este artigo vai te ajudar a entender como a fisioterapia pode fazer parte da rotina e apoiar o desenvolvimento do seu filho.

🧠 Por que crianças autistas podem precisar de fisioterapia?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta o neurodesenvolvimento como um todo. Isso inclui, além da linguagem e socialização, áreas como:

• Coordenação motora grossa (correr, pular, subir escadas, etc);
  
  
• Equilíbrio e controle postural;
  
  
• Tônus muscular (que pode ser aumentado ou diminuído);
  
  
• Sensibilidade ao toque e ao movimento (hiper ou hipossensibilidade).
  
  
• Planejamento motor (dificuldade em saber como começar ou executar um movimento);
  
  

Essas questões podem dificultar desde as brincadeiras até o uso de brinquedos, participação nas aulas de educação física ou até atividades simples do dia a dia, como vestir uma roupa ou subir um degrau por exemplo.

🧩 O que a fisioterapia trabalha no autismo?

A fisioterapia no TEA foca em potencializar as habilidades motoras, respeitando sempre o ritmo e as particularidades da criança. Entre os principais objetivos estão:

• Melhorar o equilíbrio e a coordenação;
  
  
• Trabalhar a força muscular e o tônus adequado;
  
  
• Estimular o controle postural (ficar sentado, em pé, ou com boa postura);
  
  
• Favorecer a autonomia e a participação em atividades do cotidiano e sociais.
  
  
• Ajudar no desenvolvimento de movimentos (como correr, pular, arremessar, pedalar, etc);
  
  
• Reduzir a sensibilidade ou insegurança ao movimento (como medo de balanço, escorregador ou movimentos bruscos);
   

🤸‍♂️ Como é uma sessão de fisioterapia?

As sessões costumam ser lúdicas, com atividades que envolvem brincadeiras, circuitos, jogos, música e muito movimento! A fisioterapia pode ser realizada em clínicas, escolas ou até em casa, sempre com a orientação de um profissional especializado.

O fisioterapeuta também pode ajudar a adaptar o ambiente ou propor exercícios para a família fazer em casa, tornando o processo mais natural e envolvente.

🌈Para finalizar

A fisioterapia é uma aliada importante no cuidado com crianças autistas. Com paciência, brincadeiras e o olhar certo, ela ajuda a desenvolver não só o corpo, mas também a autoestima, a autonomia e a interação com o mundo.

Se você sente que seu filho tem dificuldade em se mover, brincar ou se equilibrar, procure ajuda profissional. Talvez a fisioterapia possa ser mais uma ferramenta no caminho do desenvolvimento.

Com carinho,
Michele Leite
Mãe do Noah e sua companheira de jornada 💙