Primeiros Sinais e Diagnóstico de Autismo: Guia para Pais e Mães
Conheça sinais de alerta do autismo e descubra como o diagnóstico precoce pode transformar a vida da criança e da família.
Publicado em 04/09/2025 por Michele Leite
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Quando falamos em autismo, um dos pontos que mais impactam a vida da criança (e consequentemente da família) é a chamada rigidez cognitiva, que é a dificuldade em lidar com mudanças, em flexibilizar pensamentos e em se adaptar a novas situações.
Se você é mãe, pai ou cuidador, provavelmente já viveu momentos em que a criança autista insistiu em seguir sempre o mesmo caminho, comer a mesma comida ou repetir a mesma rotina todos os dias. Isso não é “frescura” nem “teimosia”: é a rigidez cognitiva em ação.
A rigidez cognitiva é uma característica muito comum no Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ela acontece quando o cérebro tem mais dificuldade de se adaptar a mudanças ou de aceitar diferentes formas de fazer a mesma coisa. A pessoa autista tem dificuldade com flexibilidade.
Auguns exemplos muito comuns de rigidez cognitiva em pessoas autistas:
O cérebro da pessoa autista processa as informações de forma diferente. A previsibilidade traz segurança.
Quando algo foge do esperado, surge a ansiedade e a frustração, podendo resultar até mesmo em crises, porque o mundo fica imprevisível demais e a pessoa não consegue lidar com isso.
Essa rigidez também está relacionada ao hiperfoco, à busca por padrões e à necessidade de controle, formas que a criança (ou adulto) encontra para diminuir a ansiedade e organizar e compreender a realidade.
Mas também existe o lado positivo:
A rigidez pode favorecer persistência, atenção aos detalhes e foco em tarefas específicas. Ou seja, ela não é apenas um desafio, mas também uma característica que pode ser canalizada de forma construtiva.
Aqui estão algumas formas práticas de ajudar uma criança (ou adulto) autista a lidar melhor com a rigidez cognitiva:
💙 A minha experiência com o Noah
Com o Noah, a rigidez cognitiva sempre esteve presente. Ele se apega a rotinas, objetos e lugares de um jeito intenso. No começo, eu achava que era “frescura” ou “teimosia”, até entender que era o jeito dele de se sentir seguro.
O que mudou nossa realidade foi aprender a acolher esses momentos, ao em vez de brigar ou forçar. Hoje, quando sei que haverá uma mudança, sempre converso com ele antes. Para a rotina do dia a dia eu sempre mostro fotos, ofereço alternativas e comemoro quando ele consegue lidar melhor, o Noah ama ser elogiado e aqui em casa isso funciona muito como uma estratégia de reforço positivo.
Não é sobre eliminar a rigidez, mas sim ajudá-lo a viver com mais conforto, previsibilidade e, pouco a pouco, ampliar a tolerância às mudanças. É um trabalho de formiguinha mas que com consistência vai trazendo resultados.
Cada pequeno avanço conta e, no fim, o que realmente importa é oferecer segurança, amor e compreensão.
Com carinho,
Michele Leite
Mãe do Noah e sua companheira de jornada 💙