Como responder a julgamentos e comentários sobre o autismo com firmeza e empatia
Saiba como lidar com críticas e falas equivocadas sobre o autismo de forma clara, acolhedora e sem perder a paz.
Como responder a julgamentos e comentários sobre o autismo com firmeza e empatia
Ser mãe de uma criança autista significa viver uma rotina cheia de amor, mas também cheia de desafios, e um deles é lidar com julgamentos e comentários de pessoas que não entendem o autismo. Muitas vezes, essas falas não vêm de maldade, mas sim de falta de informação. Ainda assim, elas podem machucar e desgastar.
Por isso, aprender a responder a esses comentários com firmeza, empatia e equilíbrio pode nos ajudar a proteger nossos filhos e também a educar quem está ao nosso redor.
Respire fundo antes de responder
Nem sempre precisamos reagir no calor do momento. Uma respiração funda ajuda a trazer clareza: será que vale a pena responder? Ou é melhor simplesmente não gastar energia? Saber escolher suas batalhas também é autocuidado.
Responda com informação, não com agressividade
Muitas vezes, o julgamento vem do desconhecimento. Quando alguém diz “ele só precisa de limites” ou “isso é manha”, você pode responder com calma:
“Na verdade, ele é autista. Isso significa que o cérebro dele funciona de um jeito diferente. O que parece birra é, na verdade, uma crise sensorial.”
Respostas assim ajudam a transformar críticas em oportunidade de conscientização.
Responda de forma curta, mas clara
Não é preciso entrar em longas explicações, mas também não precisa ser vago. Use respostas que educam e trazem informação sem prolongar a discussão:
“Ele não está fazendo birra, ele está em crise sensorial. O barulho/luz/ambiente é muito intenso para ele.”
“Ele não é malcriado, ele é autista. O que você vê como teimosia é rigidez cognitiva, é como o cérebro dele funciona.”
“Cada criança autista tem seu tempo de aprender. Forçar só atrapalha, por isso seguimos o ritmo dele.”
Essas respostas são simples, mas deixam claro que o comportamento tem uma explicação real, ajudando a informar sem deixar margem para julgamentos.
Escolha quando se afastar
Nem sempre vale a pena gastar energia com quem não está disposto a ouvir. Se a pessoa insiste no julgamento, lembre-se: você não precisa provar nada para ninguém. Se afastar ou mudar de assunto também é uma forma de se proteger.
Foque na sua rede de apoio
Os julgamentos externos podem ser pesados, mas a opinião que realmente importa é a da sua rede de apoio, sua família, dos profissionais que acompanham seu filho. Estar cercada de pessoas que entendem e acolhem faz toda a diferença, e todos precisam estar alinhados para oferecer o melhor suporte para o seu filho.
Por fim
Comentários e julgamentos fazem parte da maternidade atípica, mas eles não definem você nem o seu filho.
Cada resposta pode ser uma oportunidade de educar e conscientizar, ou simplesmente de escolher a sua paz.
O importante é lembrar que você conhece o seu filho melhor do que ninguém, e que o amor e o cuidado que você oferece são o que realmente importam.
Com carinho,
Michele Leite
Mãe do Noah e sua companheira de jornada 💙